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Sorocaba confirma primeira morte do ano por meningite

Sorocaba confirma primeira morte do ano por meningite

12/07/2024
Fonte: Cruzeiro do Sul

A Prefeitura de Sorocaba confirmou ontem (11) o primeiro óbito por meningite. Trata-se de uma mulher, de 54 anos, que faleceu em abril. Em 2024, foram 13 casos positivos da doença.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SES), no ano passado, Sorocaba registrou 93 casos de meningite e sete óbitos.

Uma das maneiras de prevenção é a vacinação. A dose está disponível em todas as 33 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A rede pública aplica a vacina meningocócica C para crianças de 3, 5 e 12 meses, a ACWY para adolescentes de 11 a 14 anos e a pentavalente — que previne a meningite causada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo B — para crianças menores de 1 ano.

Conforme levantamento da SES, a menor cobertura vacinal é a do grupo ACMY com 38%. Ela combate a bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y e é indicada para crianças e adolescentes de 11 a 14 anos. Dos 23.887 aptos a se vacinar, apenas 3.085 procuraram os postos de saúde.

Em seguida, está a proteção para crianças de um ano de idade. A cobertura atingiu 76,3%. Com 79,1% está a vacina da meningocócica C. O grupo que mais foi à UBS é o de crianças que ainda não completaram um ano de vida. De acordo com a pasta municipal, dos 2.800 atingidos, pouco mais de 2.716 estão protegidos.

Itapetininga

Na região, a primeira morte por meningite foi registrada em Itapetininga. Conforme a prefeitura, a vítima é uma mulher, de 59 anos, que faleceu no dia 21 de fevereiro. Até o momento são cinco casos de meningite, além do óbito.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SES) de Itapetininga, a vacina está disponível em todas as UBSs do município. Ela é destinada a crianças e adolescentes, conforme calendário vacinal e em profissionais de saúde.

No ano passado, a cidade contabilizou sete casos da doença bacteriana e viral e, em 2023, foram sete casos de meningite e um óbito.

A meningite

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Conforme o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde (MS), no Brasil, a doença é considerada endêmica. “Os casos são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão. O sexo masculino também é o mais acometido pela doença”, cita a publicação.

Em relação aos sintomas, o MS explica que a síndrome, em geral, apresenta quadro clínico grave. Por isso, é necessário procurar atendimento médico o mais breve possível. Somente um profissional pode determinar se é realmente meningite, qual o tipo e o melhor tratamento.

Bacteriana e viral

Existem dois tipos de meningite: bacteriana e viral. A que advém das bactérias é geralmente mais grave e os sintomas incluem febre, dor de cabeça e rigidez de nuca. Outros sinais também podem aparecer, como mal-estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz), status mental alterado (confusão). Já na viral, as manifestações são parecidas.

Em recém-nascidos e bebês, alguns dos indícios “clássicos” podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico ou irresponsivo a estímulos. Também podem apresentar a fontanela (moleira) protuberante ou reflexos anormais.

Além das bactérias e vírus, a meningite pode ser causada, ainda, por fungos e parasitas. Contudo, as duas mais comuns “são as de maior importância para a saúde pública, considerando a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos. Apesar de ser habitualmente causada por microrganismos, a meningite também pode ter origem em processos inflamatórios, como câncer (metástases para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e cirurgias cerebrais”, esclarece o Ministério.

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